Uma boa conversa é a melhor saída e faz parte da rotina de pessoas de sucesso. Quem caminha ao seu lado com lealdade não precisa pedir para ser ouvida.
As relações humanas são baseadas no contato, no diálogo e na convivência. Como conviver sem conversar? É isso que o diabo quer. Ignore as pessoas pra ele trabalhar em paz.
Já é hora de sairmos do celular, das mensagens mal digeridas, deixar a falsidade e o hábito de falar pelas costas e conversar para solucionar conflitos, partir para o olho no olho e abraçar. Contato físico, escuta ativa, vontade de realmente entender o que se passa com a outra pessoa, tomar um café filosófico. Esse texto é sobre a importância de uma boa conversa para reduzir danos e evitar que pessoas se machuquem.
Infelizmente a boa conversa é joia rara em diversas situações e em diferentes cenários. Quantos pais não reclamam de seus filhos adolescentes que não saem do quarto ou trocam apenas meias palavras? Outro dia estava numa palestra com um psicólogo e ele falava da situação inversa que acontece no consultório. Muitos jovens dizendo que os pais não conversam entre e si e só gritam e falam nervosos com eles. Já imaginou como esse jovem recolhe fragmentos de como se relacionar e poderá replicar isso no futuro?
Todos nós sabemos que o silêncio vale ouro, mas tem um silêncio que constrói muros e será muito trabalhoso transformar esse muro em ponte novamente. Boas pessoas vão embora de ambientes opressores, com chefes desconectados da natureza humana. Adolescentes se fecham como ostras e podem não produzir boas pérolas. Repare a nossa sociedade como está.
Um lar saudável tem conversa à mesa, celulares fora do alcance das mãos e uma boa dose de humor sobre a rotina. Família, cadê você? Qual a música de sucesso que sua filha adolescente curte? O seu menino te conta o dia na escola? Quando eu volto da escola com meu filho de 4 anos, sempre pergunto: João, do que você riu hoje? Alguém chorou na sua sala? Por quê? O que eu sei é que conversar é uma habilidade que precisa ser estimulada, construída.
Você consegue imaginar um ambiente de trabalho onde a equipe não se fala? Onde os problemas são jogados embaixo do tapete? Esse lugar existe, poda a criatividade, não permite mudanças e muito menos melhorias e ascende a fogueira da vaidade. Sabe por quê? Porque onde não há diálogo, criam-se hábitos hostis onde de um lado tem pessoas que não tem habilidade em ouvir e na outra ponta pessoas amordaçadas.
Quem se desenvolve num lugar assim? A quem interessa esse ambiente opressor, senão apenas aos que são movidos pela vaidade, que não aceitam críticas e necessitam de aplausos e aprovação constante? Nesse lugar há pessoas que não cedem, são inflexíveis e amedrontadas pelo resultado que uma mudança pode causar. Claro que mudanças quebram paradigmas, deixam pessoas desconfortáveis, estremecem relações. Mas quem está caminhando rumo ao progresso e pela melhoria contínua terá que enfrentar essas divergências. Isso não é tarefa para os acomodados e nem para os fracos.
Eu já trabalhei e você deve conhecer empresas, entidades ou organizações que estão patinando em determinada área, que tem ferramentas para mudar, tem referências a serem seguidas e que deram certo na concorrência. Ambientes com pessoas insatisfeitas que reclamam na rádio corredor, ou seja, vozes que não são ouvidas porque ferem interesses individuais e pior, refletem no resultado.
Um empresário, um gestor que colhe bons frutos, aplica metas por departamentos. O resultado final pode estar muito bom, mas se fizer uma auditoria nos departamentos, em cada área da empresa, já que cada setor é um organismo. Por que não melhorar esse braço da empresa? Quantas pessoas mais felizes teremos nesse setor?
As mudanças estão para quem quer evoluir, sair da zona de conforto e para aplicar novos procedimentos é preciso ter uma equipe fortalecida. Pessoas que respeitam umas às outras e que não contem vantagem ou desmereçam quem sabe menos. Esse fortalecimento vem por meio de diálogo, conversas, levantamento de prós e contras e óbvio, AÇÃO.
Falar é uma arte baseada na simplicidade e na empatia
Quando você fala com colegas da equipe que se consideram perfeitos ou que já estão fazendo o melhor “então não reclame”, você pode levar conflito porque não haverá aceitação dos “perfeitos” e eles não querem saber o que você está passando. Está bom pra eles, foda-se. Alguns até irão dizer que tem percebido a situação, mas falam por trás, são os comunicadores passivo-agressivo, pela frente está tudo bem, mas por trás…
Ouvir as críticas, absorver o necessário e apontar os erros para encontrar soluções é conduta de quem tem profissionalismo, maturidade e um pouco de autoconhecimento, pois uma coisa é julgar um bom ou mau trabalho, outra coisa é julgar a pessoa. Quem convive com indivíduos com inteligência emocional mais apurada, não padece com essas infantilidades. O foco é o trabalho e o resultado positivo.
Embora todas as pessoas e profissionais tenham seus próprios dons e competências, somente quando seus conhecimentos, ideias e suas experiências se juntam de maneira equalizada, é que os grupos ficam de fato mais fortes, preparados e cooperativos.
O que se tem visto em muitas empresas é que pessoas podem constituir um grupo de trabalho, mas isso não significa que serão uma equipe. Trabalham de forma independente e fazem como acham que devem fazer, sem se preocupar com o resultado. O importante é ser a estrela e não fazer parte de uma constelação.
Oração sem ação é miséria na mão. Miséria de resultados positivos
Há quem reclame muito da ausência de melhoria e nada faz para mudar. Há quem reclame porque tem direito de lutar pela melhoria e bem estar. E há quem vá embora em busca de novos ares. Quem é você na fila do pão?
Não desista de conversar e comece ouvindo. Quem julga que você não sabe o que está falando e te manda calar é um tirano.
Escute com coração aberto a sua família, esta é a sua principal equipe, seu verdadeiro time. Faça o mesmo com seus amigos e esteja atento e seja parceiro dos colegas de trabalho. Brilhe e deixe brilhar! O talento é de Deus, mas não perca a humildade e nem se esforce para caber onde você é sufocado. Pessoas oprimidas, são opressoras e habilidosas em cortar asas e te mandar calar a boca.
Quer ser uma pessoa cada vez melhor? Converse com quem convive com você. Fale de suas dores, forças, pontos fortes e ouça as críticas. É assim que a gente se aprimora. Se esbarrando no limite do outro e dando um passo para trás. E não se esqueça que o silêncio fere quando se torna desprezo. Uma boa conversa nutre a alma e diminui conflitos.
Já imaginou o bombeiro esperando as labaredas tomarem conta do prédio, para daí então ele fazer algo? Quem cala, consente!
Que tal começar a conversar já sobre o que te incomoda? Compartilhe essa ideia!
Grande abraço!